O fim da guerra mais longa da América fecha com estrondo um capítulo e abre outro que coloca frente a frente as duas maiores potências mundiais. EUA e China passaram da guerra comercial às batalhas da tecnologia, da inteligência artificial e das ciências espaciais.

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A ideia de que o Ocidente decreta o que está certo ou errado não nasceu no 11 de setembro, mas teve ali um enorme impulso, com a polarização e a radicalização que emergiram de imediato. A diversidade sexual, a igualdade de género, o conceito de privilégio, as novas fronteiras do racismo e a forma de se olhar para a História ganharam espaço e força. 

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Atentados terroristas sem precedentes, guerras de larga escala, a maior crise financeira em cem anos e a maior pandemia desde 1918. E em cima de tudo isto, uma crise existencial: a urgência climática.

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Há 16 meses a separar o ataque ao Afeganistão e a ocupação do Iraque. É um período chave que redefine a política externa americana e que altera o grande Médio Oriente. Vinte anos depois, as tropas dos EUA regressaram a casa, mas os solos que pisaram mudaram para sempre. 

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Com o atentado contra as Torres Gémeas, o terrorismo nas grandes cidades ocidentais passou a ser uma realidade. O receio da repetição de uma grande agressão tomou conta dos dias. Não apenas o medo de uma explosão ou de um atentado, mas um novo medo do "outro", das outras culturas e dos outros povos. 

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O 11 de setembro levou a uma aceitação generalizada de que os Estados podiam controlar os movimentos e as comunicações dos seus cidadãos. A segurança coletiva passou para a primeira linha das preocupações, pondo em causa liberdades e garantias que pareciam inalienáveis. Foi uma mudança por rutura, que se consolidou nestes vinte anos com a ascensão da tecnologia.

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Após o maior atentado terrorista da história, a caça a Bin Laden e à Al-Qaeda eram obrigatórias e a invasão do Afeganistão praticamente inevitável. Como recorda Miguel Monjardino, 'uma grande potência na situação dos Estados Unidos teria forçosamente de reagir'. Mais, teria de reagir com bastante violência. O mundo ia mudar radicalmente. 

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Nos 20 anos do 11 de setembro, recorde o ataque brutal que fez 3 mil mortos no coração da América e que ainda é o maior atentado terrorista da história. Uma manhã que mudou a política, a guerra, a segurança e a privacidade, a vida nas cidades e a forma como se passou a viver em conjunto e a olhar para o outro.

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